segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Heliocentrismo

Em astronomia, heliocentrismo é a teoria que o Sol está estacionário no centro do universo. A palavra vem do grego (ήλιος Helios = sol e κέντρονkentron = centro). Historicamente, o heliocentrismo era oposto ao geocentrismo, que colocava a Terra no centro. Apesar das discussões da possibilidade do heliocentrismo datarem da antiguidade clássica, somente 1.800 anos mais tarde, no século XVI, que o matemático e astrônomo polonês Nicolau Corpénico apresentou um modelo matemático preditivo completo de um sistema heliocêntrico, que mais tarde foi elaborado e expandido por Johannes Kepler.

Desenvolvimento do heliocentrismo


Para qualquer um que se coloque em pé e observe o céu, parece claro que a terra permanece em seu lugar enquanto que tudo no céu nasce e se põe ou dá a volta uma vez por dia. Observações feitas por tempos mais longos apresentam movimentos mais complicados. O Sol descreve um círculo lentamente pelo curso de um ano, os planetas possuem movimentos similares, mas algumas vezes eles movem-se na direção oposta, em um movimento retógrado.

Conforme aumentou a compreensão destes movimentos, eles exigiam descrições cada vez mais elaboradas, a mais famosa foi o sistema ptolomaico, formulado no século II, que, apesar de considerado incorreto atualmente, ainda servia para calcular a posição correta dos planetas com um grau moderado de precisão, apesar da exigência de Ptolomeu que epiciclos não fossem excêntricos causassem problemas desnecessários para os movimentos de marte e especialmente mercúrio. O próprio Ptolomeu, em seu Almagesto, apontou que qualquer modelo para descrever o movimento dos planetas era apenas um dispositivo matemático e, como não havia forma de saber qual era verdadeiro, o modelo mais simples que obtivesse os números corretos deveria ser usado; entretanto, ele mesmo escolheu o modelo geocêntrico epicíclico e em seu trabalho principal, "Hipótese Planetária", tratou seus modelos como suficientemente reais para que as distâncias da Lua, Sol, planetas e estrelas fossem determináveis tratando as esferas celestiais das órbitas como realidades contíguas. Isto fazia com que a distância das estrelas fosse menor que 20 unidades astronômicas —um retrocesso na ciência já que o esquema heliocêntrico de Aristarco de Samos já havia, séculos antes, necessariamente colocado as estrelas a pelo menos duas ordens de magnitude mais distantes.

Discussões filosóficas

Argumentos filosóficos do heliocentrismo envolvem declarações genéricas de que o Sol, orbitado por alguns ou todos os planetas, está no centro do universo, e os argumentos que sustentam essas alegações. Essas ideias podem ser encontradas em textos sânscritos, gregos,árabes e latinos. Poucas destas fontes originais, entretanto, desenvolveram alguma técnica para calcular qualquer consequência observacional de suas ideias heliocêntricas.


Índia Antiga

De acordo com Dick Teresi, os primeiros traços da ideia contra-intuitiva de que era a terra que estava se movendo e que o sol estava no centro do sistema solar são encontrados em textos védicos e pós-védicos como o Shatapatha Brahmana, que tinha, de acordo com Subhash Kak:
Cquote1.svg"O sol está estacionado pela eternidade, no meio do dia. [...] Do sol, que está sempre em um e o mesmo lugar, não há nem nascer nem poente."Cquote2.svg
— '
A interpretação de Kak é que isto significa que o Sol está estacionário, portanto a Terra está se movendo em torno do mesmo. O texto astronômico de Yajnavalkya, Shatapatha Brahmana (8.7.3.10) declara que
Cquote1.svgO sol prende estes mundos - a terra, os planetas, a atmosfera - a si mesmo em uma linha.Cquote2.svg
— '
Yajnavalkya reconhecia que o Sol era muito maior que a Terra, o que pode ter influenciado seu conceito heliocêntrico. Ele mediu de forma precisa as distâncias da Terra ao Sol e à Lua como 108 vezes o diâmetro destes corpos celestiais, um valor bastante próximo dos valores modernos de 107,6 para o Sol e 110,6 para a Lua.

Grécia Antiga


No século IV A.C, Aristóteles escreveu que:
"No centro, eles [os pitagóricos] dizem, há fogo, e a Terra é uma das estrelas, criando noite e dia pelo seu movimento circular em torno do centro." Aristóteles - Sobre os Céus, Livro Dois, Capítulo 13
As razões para esta localização eram filosóficas, baseados nos elementos clássicos, em vez de científicos. O fogo era mais precioso que a terra na opinião dos pitagoreanos, e por este motivo o fogo deveria estar no centro. Entretanto, o fogo central não é o Sol. Os pitagóricos acreditavam que o Sol orbitava o fogo central junto com tudo o mais. Aristóteles rejeitava este argumento e advogava o geocentrismo.
Heráclides do Ponto (século IV A.C.) explicou o movimento diário aparente da esfera celestial pela rotação da Terra.
Aristarco de Samos
A primeira pessoa a apresentar um argumento para o sistema heliocêntrico, entretanto, foi Aristarcos de Samos (c. 270 A.C.). Como ErastótenesAristarco calculou o tamanho da Terra, e mediu tamanho e distância da Lua e do Sol, em um tratado que sobreviveu à passagem do tempo. A partir de suas estimativas, ele concluiu que o Sol era seis ou sete vezes mais largo que a Terra e portanto centenas de vezes mais volumoso. Seus escritos sobre o sistema heliocêntrico se perderam, mas alguma informação é conhecida a partir de descrições que sobreviveram e de comentários de críticos contemporâneos, como Arquimedes. Já foi sugerido que seu cálculo do tamanho relativo da Terra e o Sol levou Aristarco a concluir que fazia mais sentido que a Terra estivesse se movendo do que o enorme Sol estar se movendo em seu entorno. Apesar do texto original ter sido perdido, uma referência no livro de Arquimedes, O contados de Areiras descreve outro trabalho de Aristarco em que ele avançou uma hipótese alternativa do modelo heliocêntrico. Escreveu Arquimedes:
O rei Gelon sabe que 'universo' é o nome dado pela maioria dos astrônomos à esfera ao centro da qual está a Terra, e seu raio é igual à linha reta entre o centro do Sol e o centro da Terra. É esta a noção comum que você ouviu dos astrônomos. Mas Aristarco escreveu um livro consistindo de certas hipóteses, onde, aparentemente, como consequência das suposições feitas, que o universo é muitas vezes maior que o 'universo' mencionado acima. Suas hipóteses são que as estelas fixas e o Sol permanecem imóveis, que a Terra gira em torno do Sol na circunferência de um círculo, com o Sol no meio da órbita, e que a esfera de estrelas fixas, situada com o centro no mesmo do Sol, é tão grande que o círculo em que ele supõe a Terra se move tem uma proporção ao centro das estrealas fixas como o centro da esfera a sua superfície.
Aristarco, portanto, acreditava que as estrelas estavam muito distantes, e via isto como a razão pela qual não havia uma paralaxe visível, ou seja, um movimento observável das estrelas relativas uma às outras conforme a Terra orbitava o Sol. As estrelas estão de fato muito mais longe que a distância que era imaginada nos tempos antigos, e é esta a razão pela qual a paralaxe estelar só é detectável com telescópios.
Arquimedes dizia que Aristarco fez a distância das estrelas maior, sugerindo que ele estava respondendo a objeção natural que o heliocentrismo requer oscilações de paralaxe estelar. Aparentemente ele concordou com este ponto, mas colocou as estrelas muito distantes para tornar o movimento paralático invisivelmente minúsculo. Desta forma o heliocentrismo abriu o caminho para a percepção de que o universo era muito maior que o que o geocentrismo ensinava.

Seleuco de Selêucia
Deve ser notado que Plutarco menciona os "seguidores de Aristarco" de passagem, então é provável que houve outros astrônomos no período clássico que também desposaram o heliocentrismo cujo trabalho está agora perdido para nós. Entretanto, o único outro astrônomo da antiguidade que é conhecido pelo nome que sabe-se ter apoiado o modelo heoicoêntrico de Aristotarco de Samos  foi Seleuco de Selêucia, um astrônomo mesopotâmico que viveu um século após Aristarco. Seleuco adotou o sistema heliocêntrico de Aristarco e diz-se que ele havia provado a teoria heliocêntrica. De acordo com Bartel Leendert van der Waerden, Seleuco pode ter provado a teoria heliocêntrica determinando as constantes de um modelo geométrico para a teoria heliocêntrica e desenvolvendo métodos para computar posições planetárias usando este modelo. Ele pode ter usado métodos trigonométricos primitivos que estavam disponíveis em sua época, já que era contemporâneo de Hiparco. Um fragmento de um trabalho de Seleuco, que apoiava o modelo heliocêntrico de Aristarco no século II A.C..sobreviveu em uma tradução árabe, que foi referido por Rhazes (b. 865).

Mundo Católico

Houve algumas especulações ocasionais sobre o heliocentrismo, na Europa, antes de Nicolau Copérnico. Na Cartago Romana, Martianus Capella (século V) expressou a opinião que os planetas Vênus e Mercúrio não orbitavam a terra, mas em vez disso circulavam o Sol.Copérnico mencionou-o como uma influência de seu próprio trabalho.
Durante o final da Idade Média, o bispo Nicole Oresme discutiu a possibilidade da Terra girar em seu eixo, enquanto o cardeal Nicolau de Cusa em seu, A douta ignorância perguntou se havia qualquer razão para afirmar que o Sol (ou qualquer outro ponto) era o centro do universo. Em paralelo a uma definição mística de Deus, Cusa escreveu que "assim o tecido do mundo (machina mundiquasi terá seu centro em todo lugar e a circunferência em lugar nenhum."

Europa Medieval


Houve algumas especulações ocasionais sobre o heliocentrismo na Europa antes de Nicolau Corpénico. Martinus Capella propôs um modelo heliocêntrico para Vênus e Mercúrio, que foi discutido por vários comentadores anônimos do século IX. Durante o final da Idade Média, o bispo Nicole Oresme discutiu a possibilidade de que a Terra girasse em seu exio, enquanto o cardeal (Nicolau de Cusa em seu De Docta Ignorantia perguntou se havia qualquer razão para afirmar que o Sol (ou qualquer outro ponto) era o centro do universo. Em paralelo com uam definição mística de Deus, Cusa escreveu que "Assim o tecido do mundo (machina mundi) iráquasi ter seucentro em todo lugar e circunferência em lugar nenhum."

[editar]Astronomia matemática

Na astronomia matemática, modelos do heliocentrismo envolvem sistemas de cálculo matemático que estão ligados ao modelo heliocêntrico e onde as posições dos planetas podem ser derivadas. O primeiro sistema computacional explicitamente ligado ao modelo heliocêntrico foi o modelo copernicano descrito por Copérnico, mas existiram sistemas computacionais anteriores que implicavam alguma forma de heliocentricidade, notavelmente o modelo de Arybatha, que possuía parâmetros astronômicos que foram interpretados como implicando uma forma de heliocentrismo. Vários astrônomos muçulmanos também desenvolveram sistemas computacionais com parâmetros astronômicos compatíveis com o heliocentrismo, como apontado por Biruni, mas o conceito de heliocentrismo era considerado um problema filosófico em vez de um problema matemático. Seus parâmetros astronômicos foram mais tarde adaptados no modelo copernicano em um contexto heliocêntrico.



Índia Medieval


Arybhata (476–550), em sua magnum opus Arybhatiya, propôs um sistema computacional baseado em um modelo planetário que tinha a suposição de que a terra girava sobre seu eixo e os períodos dos planetas eram dados em relação ao Sol. Alguns interpretaram este modelo como sendo um modelo heliocêntrico, mas esta interpretação tem sido motivo de disputa por outros. Ele também foi o primeiro a descobrir que os planetas seguem órbitas elípticas, nas quais ele calculou com precisão várias constantes astronômicas, como os períodos dos planetas, horas de eclipses solares e lunares, e o movimento instantâneo da Lua (expresso como uma equação diferencial). Entre os primeiros seguidores do modelo de Aryabhata estavam Varahamihira, Brahmagupta e Bhaskara II. Traduções em árabe do Aryabhatiya de Aryabhata estavam disponíveis no século VII, enquanto traduções para o latim já estavam disponíveis a partir do século XIII, antes de Copérnico escrever o seu De revolutionibus orbium coelestium, então é possível que o trabalho de Aryabhata tenha influenciado as idéias de Copérnico.
Nilakantha Somayaji (1444–1544), em seu Aryabhatiyabhasya, um comentário sobre oAryabhatiya de Aryabhata, desenvolveu um sistema computacional para um modelo planetário parcialmente heliocêntrico, em que os planetas orbitavam o Sol, que por sua vez orbitava a Terra, similar ao sistema Tychonico proposto mais tarde por Tycho Brahe, no fim do século XVI. O sistema de Nilakantha, entretanto, era matematicamente mais eficiente que o sistema Tychonico, devido ao fato de levar corretamente em conta a equação do centro e movimento latitudinal de Vênus e Mercúrio. A maioria dos astrônomos da escola Kerala de astronomia e matemática que seguiram-no aceitaram seu modelo planetário.

Reações religiosas ao heliocentrismo copernicano

Na bíblia do Rei James, Crônicas 16:30 declara que "o mundo também deve ser estável, não se move". O Salmo 104:5 diz [o Senhor] Quem lançou as bases da terra, que não devem ser removidos para sempre. Eclesiastes 1:5 declara que "o Sol nasce, e se põe, e volta para o lugar onde estava.
Galileu Galilei defendeu o heliocentrismo, e alegou que eles não eram contrários a estas passagens na Escritura. Ele assumiu a posição de Agostinho sobre a Bíblia: não tomar todas as passagens literalmente quando a escritura em questão é um livro de poesia e músicas, não um livro de instruções ou história. Os autores da Bíblia escreviam da perspectiva do mundo terrestre, e deste ponto de vista o sol nasce e se põe. De fato, é a rotação da Terra que dá a impressão que o Sol está se movimentando pelo céu.

A visão da ciência moderna

A ideia que a visão heliocêntrica também não era verdadeira de uma forma mais estrita foi alcançada em passos. Que o Sol não era o centro do universo, mas uma das inumeráveis estrelas, foi advogada pelo místico Giordano Bruno. Durante o passar dos séculos XVIII e XIX, o status do Sol como apenas uma estrela entre muitas se tornou cada vez mais óbvio. No século XX, mesmo antes da descoberta de que havia muitas galáxias, não era mais discutido.
Mesmo se a discussão está limitada ao sistema solar, o Sol não está no centro geométrico da órbita de nenhum planeta, mas no foco da órbita elíptica. Além disso, considerando que a massa de um planeta não pode ser negligenciada em comparação à massa solar, o centro de gravidade do sistema solar está levemente deslocado do centro do Sol (as massas dos planeta,s principalmente Júpiter, chegam a 0,14% da massa do Sol). Portanto, um hipotético astrônomo em um planeta extrassolar iria observar um "balanço" em sua percepção do movimento do Sol.
O abandono do conceito de "repouso" é relacionado ao princípio da relatividade. Ao mesmo tempo, assumindo um universo não limitado, ficou claro que não há uma posição privilegiada no espaço, até a apresentação da teoria da rrelatividade restrita por Albert Einstein, pelo menos a existência de uma classe privilegiada de sistemas inerciais absolutamente em repouso era assumida, em particular na forma de uma hipótese do éter lumínéfero. Algumas formas do principio de Mach consideram o referencial em repouso com as massas do Universo como tendo propriedades especiais.

Uso moderno de geocêntrico e heliocêntrico

Nos cálculos modernos, a origem e orientação de um sistema de coordenadas geralmente precisam ser selecionados, por razões práticas, e nestes sistemas a origem na massa, massa solar ou centro de massa do sistema solar são frequentemente selecionadas. Entretanto, estas seleções de coordenadas possui apenas implicações práticas e não filosóficas ou físicas.


FONTE :
http://pt.wikipedia.org/wiki/Heliocentrismo

Geocentrismo

"A teoria do universo geocêntrico ou geocentrismo é o modelo cosmológico mais antigo. Na Antiguidade era raro quem discordasse dessa visão. Entre os filósofos que defendiam esta teoria, o mais conhecido era Aristóteles. Foi o matemático e astrônomo grego Claudius Ptolomeu (78-161 d.C.) quem, na sua obra "Almagesto", deu a forma final a esta teoria, que se baseia na hipótese de que a terra estaria parada no centro do Universo com os corpos celeste, inclusive o Sol, girando ao seu redor. Essa visão predominou no pensamento humano até o resgate, feito pelo astrônomo e matemático polonês Nicolau Corpénico (1473-1543), da teoria heliocêntrica criada pelo astrônomo grego Aristarco de Samos (310-230 a.C.).
O geocentrismo não deve ser confundido com a teoria da Terra plana: é um mito a noção de que na Idade Média os estudiosos achavam que a terra era chata.

Origem filosófica do geocentrismo

Os filósofos gregos haviam percebido que, embora o mundo fosse formado por objetos dos mais distintos, havia algo de comum na matéria que os compunha. Dessa forma, por exemplo, uma árvore e uma tábua, se fossem divididas diversas vezes até se obter uma parte diminuta, resultaria em uma mesma matéria. O mesmo ocorria, por exemplo entre espada e corrente. Desta forma, começa a surgir a teoria atômica, que afirmava que tudo o que havia na natureza, se dividido na menor parte possível, chegaria a uma matéria primordial da qual tudo o que existia era feito. Tal matéria recebia o nome de "indivisível" ou átomo (do grego a = não, tomo = divisão).
Começou então uma espécie de corrida filosófica para descobrir que material era esse tal átomo. A discussão chegou a propôr algumas soluções. Por exemplo a água, pois da água se faz ar (vapor de água) se faz blocos sólidos (gelo), etc. Mas da água seria impossível criar, por exemplo fogo. Outra corrente propunha que o átomo ou elementos primordial fosse o ar, pois ele poderia ser condensado formando água (não diferiam vapor de água de ar) e poderia ser "transformado" em fogo (uma vez que se tirassem o ar do fogo ele apagaria, desconheciam, obviamente o princípio comburente do oxigênio, que seria descoberto mais de mil anos depois).
O fato é que um filósofo grego de nome Empedocles de Agrinito propôs uma solução diferente, onde havia quatro elementos primordiais, e não somente um. Esses quatro elementos seriam: Terra, Água, Fogo e Ar. Eles nunca se misturavam com o seu oposto (terra - ar) (fogo - água) mas poderiam misturar-se entre si, como água e terra formava argila, que formaria tijolos, etc. Ou água e ar formavam "nuvem" que formava os raios, etc.
Esse sistema acaba sendo ampliado por outros filósofos como Euclides, que propõe que os 4 elementos tenderiam, pela natureza a se agrupar em esferas. Desta forma a esfera mais pesada ficaria no centro, uma esfera de terra. Após essa uma esfera de água a envolvendo, uma esfera de ar envolvendo essa e por fim uma esfera de fogo envolvendo as demais.
A esfera de terra no centro é o nosso planeta (de onde sabiam que a terra era redonda), a esfera de água os oceanos e mares, a esfera de ar a nossa atmosfera, e por fim a esfera de fogo teria se transformado em um grande bloco de fogo de um lado, o sol, e um bloco pequeno com vários pontos de fogo do outro: A lua e as estrelas. Esse círculo de fogo (estrelas e sol) girariam em torno dos outros círculos, a Terra.
Havia apenas sete pequenos problemas nesse sistema, e eles é que permitiram que o sistema geocêntrico fosse descreditado. Sete estrelas não giravam na mesma velocidade das demais, e por isso foram chamadas de "andarilhos" ou planetas. O estudo mais aprofundado desses planetas demonstrou que na verdade o geocentrismo havia sido um engano perpetuado por mais de 2000 anos.
Os sete planetas (astros errantes), na ordem de distância à terra, eram: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. Eles tinham, na tradição grega, nomes associados aos principais deuses. O primeiro nome, em português, deriva do nome romano em latim, o segundo é o nome em grego:

  • Terra - Gaia - Titânide primordial da Terra

  • Lua - Selene - Irmã gêmea do deus Hélios, o Sol. É também associada à deusa Ártemis.

  • Mercúrio - Hermes - Mensageiro dos Deuses (é o com movimento mais rápido no céu)

  • Vênus - Afrodite - Deusa do Amor e da Beleza (é o mais luminoso, portanto o mais bonito no céu)

  • Marte - Ares - Deus da Guerra e da Tragédia (é o mais vermelho)

  • Júpiter - Zeus - Soberano dos deuses. Pai de Ares, Hermes e Afrodite.

  • Saturno - Chronos - Deus do tempo e pai de Zeus (é o com movimento mais lento)



  •  

  • Repare-se que não havia nenhuma menção a Urano e Neturno. Esses não podem ser vistos a olho nu, e só foram descobertos depois da invenção do telescópio . Por uma questão de tradição, eles seguiram o padrão de nomenclatura: Urano é a representação do próprio céu, e Netuno (Poseidon) é o Deus dos Mares (assim batizado pela sua coloração azul). O mesmo se pode dizer de Plutão (Hades), Deus do Mundo Inferior.
    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Geocentrismo


  • Ondas Eletromagnéticas


    INTRODUÇÃO
    "É importante tomarmos consciência de como estamos imersos em ondas eletromagnéticas. Iniciando pelos Sol, a maior e mais importante fonte para os seres terrestres, cuja vida depende do calor e da luz recebidos através de ondas eletromagnéticas.
    Além de outras, recebemos também: a radiação eletromagnética emitida, por átomos de hidrogênio neutro que povoam o espaço interestelar da nossa galáxia; as emissões na faixa de radiofreqüências dos "quasares" (objetos ópticos que se encontram a enormes distâncias de nós, muito além de nossa galáxia, e que produzem enorme quantidade de energia); pulsos intensos de radiação dos "pulsares" (estrelas pequenas cuja densidade média é em torno de 10 trilhões de vezes a densidade média do Sol).
    Essas radiações são tão importantes que deram origem a uma nova ciência, a Radioastronomia, que se preocupa em captar e analisar essas informações obtidas do espaço através de ondas.
    Há ainda as fontes terrestres de radiação eletromagnética: as estações de rádio e de TV, o sistema de telecomunicações à base de microondas, lâmpadas artificiais, corpos aquecidos e muitas outras.
    A primeira previsão da existência de ondas eletromagnéticas foi feita, em 1864, pelo físico escocês, James Clerk Maxwell . Ele conseguiu provar teoricamente que uma perturbação eletromagnética devia se propagar no vácuo com uma velocidade igual à da luz.
    E a primeira verificação experimental foi feita por Henrich Hertz, em 1887. Hertz produziu ondas eletromagnéticas por meio de circuitos oscilantes e, depois, detectou-se por meio de outros circuitos sintonizados na mesma freqüência. Seu trabalho foi homenageado posteriormente colocando-se o nome "Hertz" para unidade de freqüência.
    LEIS DE MAXWELL
    Maxwell estabeleceu algumas leis básicas de eletromagnetismo, baseado nas já conhecidas anteriormente, como a Lei de Coulomb, a Lei de Ampère, a Lei de Faraday, etc.
    Na realidade , Maxwell reuniu os conhecimentos existentes e descobriu as correlações que havia em alguns fenômenos, dando origem à teoria de que eletricidade, magnetismo e óptica são de fato manifestações diferentes do mesmo fenômeno físico.
    O físico inglês Michael Faraday já havia afirmado que era possível produzir um campo a partir de um campo magnético variável.
    Imagine um imã e um anel:
    Considere o imã perpendicular ao plano do anel. Movendo-se ou o imã ou o anel, aparecerá uma corrente no anel, causado por um campo elétrico criado devido à variação do fluxo magnético no anel.
    Maxwell verificou que o contrário também era possível. Um campo elétrico variável podia gerar um campo magnético.
    Imagine duas placas paralelas sendo carregadas progressivamente:
    Ao crescerem as cargas das placas, o campo elétrico aumenta, produzindo uma campo magnético (devido a variação do campo elétrico).
    Embora Maxwell tenha estabelecido quatro equações para descrever os fenômenos eletromagnéticos analisados, podemos ter uma noção de sua teoria baseados em duas conclusões:
    • Um campo elétrico variável no tempo produz um campo magnético.
    • Um campo magnético variável no tempo produz um campo elétrico.

    A GERAÇÃO DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
    Imagine uma antena de uma estação de rádio:

     Na extremidade da antena existe um fio ligado pelo seu centro a uma fonte alternada (que inverte o sentido a intervalos de tempo determinados). Num certo instante, teremos a corrente num sentido e, depois de alguns instantes, a corrente no outro sentido



    A velocidade de propagação de uma onda eletromagnética depende do meio em que ela se propaga.
    Maxwell mostrou que a velocidade de propagação de uma onda eletromagnética, no vácuo, é dada pela expressão:



     onde fig é a permissividade elétrica do vácuo e fig é a permeabilidade magnética do vácuo.
    Aplicando os valores de fig e de fig na expressão acima, encontra-se a velocidade:

    ou

    (valor exato)
    que é igual a velocidade da luz. Nisso Maxwell se baseou para afirmar que a luz também é uma onda eletromagnética.
    Podemos resumir as características das ondas eletromagnéticas no seguinte:
    • São formadas por campos elétricos e campos magnéticos variáveis.
    • O campo elétrico é perpendicular ao campo magnético.
    • São ondas transversais (os campos são perpendiculares à direção de propagação).
    • Propagam-se no vácuo com a velocidade "c" .
    • Podem propagar-se num meio material com velocidade menor que a obtida no vácuo.
    Com isto, o campo elétrico ao redor do fio em um certo instante estará apontando num sentido e, depois, no sentido contrário.
    Esse campo elétrico variável (E) irá gerar um campo magnético (B)
     , que será também variável. Por sua vez, esse campo magnético irá gerar um campo elétrico. E assim por diante .... Cada campo varia e gera outro campo que, por ser variável, gera outro campo: e está criada a perturbação eletromagnética que se propaga através do espaço, constituída pelos dois campos em recíprocas induções.


    Note que o campo elétrico é perpendicular à direção de propagação e o campo magnético também, o que comprova que a onda eletromagnética é uma onda transversal. Além disso, o campo elétrico é perpendicular ao campo magnético, o que podemos verificar facilmente: quando um fio é percorrido por cargas em movimento, o campo elétrico num ponto próximo ao fio pertence ao plano do fio, enquanto o campo magnético está saindo ou entrando neste plano.





    ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
    A palavra espectro (do latim "spectrum", que significa fantasma ou aparição) foi usada por Isaac Newton, no século XVII, para descrever a faixa de cores que apareceu quando numa experiência a luz do Sol atravessou um prisma de vidro em sua trajetória.
    Atualmente chama-se espectro eletromagnético à faixa de freqüências e respectivos comprimentos de ondas que caracterizam os diversos tipos de ondas eletromagnéticas.
    As ondas eletromagnéticas no vácuo têm a mesma velocidade , modificando a freqüência de acordo com espécie e, conseqüentemente, o comprimento de onda.




    ** As escalas de freqüência e comprimento de onda são logarítmicas.
    Fisicamente, não há intervalos no espectro. Podemos ter ondas de qualquer freqüências que são idênticas na sua natureza, diferenciando no modo como podemos captá-las.
    Observe que algumas freqüências de TV podem coincidir com a freqüência de FM. Isso permite algumas vezes captar uma rádio FM na televisão ou captar um canal de TV num aparelho de rádio FM.
    CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS RADIAÇÕESOndas de Rádio"Ondas de rádio" é a denominação dada às ondas desde freqüências muito pequenas, até 1012 Hz , acima da qual estão os raios infravermelhos.
    As ondas de rádio são geradas por osciladores eletrônicos instalados geralmente em um lugar alto, para atingir uma maior região. Logo o nome "ondas de rádio" inclui as microondas, as ondas de TV, as ondas curtas, as ondas longas e as próprias bandas de AM e FM.
    Ondas de rádio propriamente ditasAs ondas de rádio propriamente ditas, que vão de 104 Hz a 107 Hz , têm comprimento de onda grande, o que permite que elas sejam refletidas pelas camadas ionizadas da atmosfera superior (ionosfera).
    Estas ondas, além disso, têm a capacidade de contornar obstáculos como árvores, edifícios, de modo que é relativamente fácil captá-las num aparelho rádio-receptor.
    Ondas de TVAs emissões de TV são feitas a partir de 5x107 Hz (50 MHz) . É costume classificar as ondas de TV em bandas de freqüência (faixa de freqüência), que são:
    • VHF : very high frequency (54 MHz à 216 MHZ è canal 2 à 13)
    • UHF : ultra-high frequency (470 MHz à 890 MHz è canal 14 à 83)
    • SHF : super-high frequency
    • EHF : extremely high frequency
    • VHFI : veri high frequency indeed
    As ondas de TV não são refletidas pela ionosfera, de modo que para estas ondas serem captadas a distâncias superiores a 75 Km é necessário o uso de estações repetidoras.



    Microondas
    Microondas correspondem à faixa de mais alta freqüência produzida por osciladores eletrônicos. Freqüências mais altas que as microondas só as produzidas por oscilações moleculares e atômicas.
    As microondas são muito utilizadas em telecomunicações. As ligações de telefone e programas de TV recebidos "via satélite" de outros países são feitas com o emprego de microondas.

    As microondas também podem ser utilizadas para funcionamento de um radar. Uma fonte emite uma radiação que atinge um objeto e volta para o ponto onde a onda foi emitida. De acordo com a direção em que a radiação volta pode ser descoberta a localização do objeto que refletiu a onda.

    Luz visível
    Note que nosso olho só tem condições de perceber freqüências que vão de 4,3x1014 Hz a 7x1014 , faixa indicada pelo espectro como luz visível.
    Nosso olho percebe a freqüência de 4,3x1014 como a cor vermelha. Freqüências abaixo desta não são visíveis e são chamados de raios infravermelhos , que têm algumas aplicações práticas.
    A freqüência de 7x1014 é vista pelo olho como cor violeta. Freqüências acima desta também não são visíveis e recebem o nome de raios ultravioleta. Têm também algumas aplicações.
    A faixa correspondente à luz visível pode ser subdividida de acordo com o espectro a seguir.


    Raios XOs raios X foram descobertos, em 1895, pelo físico alemão Wilhelm Röntgen. Os raios X têm freqüência alta e possuem muita energia. São capazes de atravessar muitas substâncias embora sejam detidos por outras, principalmente pelo chumbo.
    Esses raios são produzidos sempre que um feixe de elétrons dotados de energia incidem sobre um obstáculo material. A energia cinética do feixe incidente é parcialmente transformada em energia eletromagnética, dando origem aos raios X.
    Os raios X são capazes de impressionar uma chapa fotográfica e são muito utilizados em radiografias, já que conseguem atravessar a pele e os músculos da pessoa, mas são retidos pelos ossos.






    Os raios X são também bastante utilizados no tratamento de doenças como o câncer. Têm ainda outras aplicações: na pesquisa da estrutura da matéria, em Química, em Mineralogia e outros ramos.
    Raios GamaAs ondas eletromagnéticas com freqüência acima da dos raios X recebe o nome de raios gama (g ).
    Os raios g são produzidos por desintegração natural ou artificial de elementos radioativos.

    Um material radioativo pode emitir raios g durante muito tempo, até atingir uma forma mais estável.
    Raios g de alta energia podem ser observados também nos raios cósmicos que atingem a alta atmosfera terrestre em grande quantidade por segundo.
    Os raios g podem causar graves danos às células, de modo que os cientistas que trabalham em laboratório de radiação devem desenvolver métodos especiais de detecção e proteção contra doses excessivas desses raios."

    Fonte:
    http://www.algosobre.com.br/fisica/ondas-eletromagneticas.html



    "Galileu: Da Ciência à Santa Inquisição"


    "O grande físico e astrônomo italiano, Galileu Galilei, nasceu na cidade de Pisa em 15 de fevereiro de 1564, filho de Vicenzo Galilei e Julia Ammanati di Pescia.
    Seu pai, embora pertencente da nobreza, era pobre, mas de cultura respeitada e com um espírito contestador das ideias vigentes; desejava uma sólida posição para seu filho que, aos 17 anos, foi encaminhado para o estudo de medicina, por ser uma profissão lucrativa. Porém, a carreira médica não foi muito atraente para Galileu e seu espírito irrequieto fez com que se interessasse por outros tipos de problemas.

    Galileu ainda cursava o segundo ano do curso de medicina – que jamais concluiu, por achar desinteressante – quando descobriu sua vocação para a matemática e as ciências naturais. Conta-se que, certa vez, observando despreocupadamente as oscilações de um lustre da catedral de Pisa, Galileu interessou-se em medir o tempo de cada oscilação, comparando-o com o número de batidas de seu próprio pulso.
    Surpreso, verificou que, embora as oscilações se tornassem cada vez menores, o tempo de cada oscilação permanecia sempre o mesmo. Repetindo a experiência em sua casa, utilizando um pêndulo feito com uma pedra amarrada a um fio, este resultado foi confirmado, verificando que o tempo de uma oscilação dependia do comprimento do fio. Com essa descoberta ele inventou o pulsillogium, uma espécie de relógio utilizado para medir a pulsação. Esta seria sua última contribuição para a medicina.
    O encontro de sua verdadeira vocação científica o fez abandonar a universidade contra a vontade de seu pai, e dedicou-se por conta própria aos novos estudos. Em 1585, Galilei foi para Florença, onde manteve contato com os intelectuais que frequentavam a casa de seu pai, o que enriqueceu bastante sua formação filosófica e literária.
    Voltado agora para o estudo do pêndulo, Galileu descobriu que, independente do peso do corpo suspenso na extremidade de um fio, o tempo de oscilação é o mesmo, tanto para um corpo leve quanto para um corpo pesado.
    Esta descoberta o fez concluir que duas pedras de tamanhos e pesos diferentes levariam o mesmo tempo para cair, isto é, para se deslocar da posição mais alta até a posição mais baixa de uma mesma trajetória. Descobriu então que o movimento pendular e a queda livre são provocados pela mesma causa (gravidade).
    Além de seus trabalhos no campo da mecânica, Galileu contribuiu para o desenvolvimento da Astronomia. Em virtude de sua grande habilidade experimental, ele construiu o primeiro telescópio para o uso em observações astronômicas.
    Suas observações o levaram a grandes descobertas que contrariavam as crenças filosóficas e religiosas da época, as quais eram baseadas nos ensinamentos de Aristóteles.
    Galileu descobriu que o planeta Vênus apresenta fases, como as da lua, e esta observação o levou a concluir que o planeta gira em torno do Sol, como afirmava o astrônomo Nicolau Copérnico em sua teoria heliocêntrica.
    Com isso, ele passou a defender e divulgar a teoria de Copérnico, de que a Terra, assim como os demais planetas, se move ao redor do Sol. Estas ideias foram apresentadas em sua obra Diálogos sobre os Dois Grandes Sistemas do Mundo, publicado em 1632.
    A publicação dessa obra foi condenada pela Igreja. Em 1633, a Santa Inquisição prendeu e julgou Galileu por heresia.
    Para evitar que fosse queimado vivo, Galileu Galilei se viu obrigado a renegar suas ideias através de uma confissão, lida em voz alta perante o Santo Conselho da Igreja.

    “Eu, Galileu, filho do falecido Vincenzo Galilei, florentino, de setenta anos de idade, intimado pessoalmente à presença deste tribunal e ajoelhado diante de vós, Eminentíssimos e Reverendíssimos Senhores Cardeais Inquisidores-Gerais contra a gravidade herética em toda a comunidade cristã, tendo diante dos olhos e tocando com as mãos os Santos Evangelhos, juro que sempre acreditei que acredito, e, mercê de Deus, acreditarei no futuro, em tudo quanto é defendido, pregado e ensinado pela Santa Igreja Católica e Apostólica. Mas, considerando que (...) escrevi e imprimi um livro no qual discuto a nova doutrina (o heliocentrismo) já condenada e aduzo argumentos de grande força em seu favor, sem apresentar nenhuma solução para eles, fui pelo Santo Oficio acusado de veementemente suspeito de heresia, isto é, de haver sustentado e acreditado que o Sol está no centro do mundo e imóvel, e que a Terra não está no centro, mas se move; desejando eliminar do espírito de Vossas Eminências e de todos os cristãos fiéis essa veemente suspeita concebida mui justamente contra mim, com sinceridade e fé verdadeira, abjuro, amaldiçoo e detesto os citados erros e heresias, e em geral qualquer outro erro, heresia e seita contrários à Santa Igreja, e juro que no futuro nunca mais direi nem afirmarei, verbalmente nem por escrito, nada que proporcione motivo para tal suspeita a meu respeito."

    Ainda assim, ele foi condenado e obrigado a permanecer em prisão domiciliar pelo resto de sua vida.
    Conta-se que após o veredicto, Galileu proferiu a seguinte frase: “eppur se muove” – “e, no entanto, ela se move”.
    Completamente cego, Galileu morreu em sua casa, próxima a Florença, no dia 8 de janeiro de 1642.
    Por Kleber Cavalcante
    Graduado em Física
    Equipe Brasil Escola"
    Fonte : http://www.brasilescola.com/fisica/galileu-ciencia-santa-inquisicao.htm